Antologia ‘Mundo afro’ evidencia a pluralidade rítmica do som dos blocos e dos grupos de afoxé de Salvador

  • 19/02/2025
(Foto: Reprodução)
Produzido por Alê Siqueira, o disco apresenta 21 gravações inéditas de Cortejo Afro, Didá, Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Malê Debalê, Muzenza e Olodum. Integrantes do grupo de afoxé Filhos de Gandhy, fundado em fevereiro de 1949 e o mais antigo do gênero no Brasil Manuela Cavadas / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Polos de resistência e reserva do orgulho negro e da ancestralidade afro-brasileira na Bahia, os blocos afro e grupos de afoxé de Salvador (BA) construíram repertório de alta qualidade que se tornou um dos mananciais do cancioneiro dos ritmos englobados genericamente sob o rótulo de axé music. Uma amostra dessa mina de músicas é dada pela antologia Mundo afro, disco que apresenta 21 gravações de sete importantes entidades desse universo afro-baiano. Cortejo Afro, Didá, Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Malê Debalê, Muzenza e Olodum figuram na antologia com três gravações inéditas, cada um, feitas com produção musical de Alê Siqueira. O álbum Mundo afro foi gravado em novembro de 2024 na sede do Malê Debalê, em Salvador (BA), cidade natal do primeiro bloco afro fundado no Brasil – o Ilê Aiyê, criado em 1º de novembro de 1974 – e também berço do mais antigo grupo de afoxé, o Filhos de Gandhy, formado em 18 de fevereiro de 1949. O bloco afro Muzenza, surgido em 1981, propaga na Bahia a cultura jamaicana do reggae e do rastafarianismo Manuela Cavadas / Divulgação Em rotação nos players digitais desde ontem, 18 de fevereiro, dia do 76º aniversário do Filhos de Gandhy, o álbum tem prevista para maio uma edição em LP duplo. No entender do produtor Alê Siqueira, o disco Mundo afro apresenta panorama plural da diversidade do percussivo universo musical afro-baiano. “Cada bloco tem a própria linguagem, toques e convenções particulares que lhes dão um sotaque e uma identidade poética única, mas sempre ligados às tradições matriciais africanas”, sintetiza Alê Siqueira. Se o grupo Filhos de Gandhy desfila na cadência do ijexá, o Olodum – criado em 25 de abril de 1979, um mês após o Malê Debalê, fundado em 23 de março de 1979 – investe nos ritmos afro-caribenhos e no samba-reggae, gênero cuja batida foi originalmente sintetizada por ritmistas do Muzenza, bloco afro fundado em 5 de maio de 1981 com inspiração no rastafarianismo, na ideologia do reggae e na cultura jamaicana. Capa do disco Mundo afro’, já disponível em edição digital e previsto para ser lançado em maio no formato de LP duplo Divulgação ♪ Eis as 21 músicas do disco Mundo afro com os respectivos compositores e intérpretes: 1. Reza, benzedura e simpatia (Aloísio Menezes, Portella Açúcar e Silvino Neto) – Cortejo Afro 2. Neguinho afrofuturista (Jorge Alfredo e João Santana) – Didá 3. Alfazema (Magary Lord, Peu Meurray e Antonio Leonardo) – Filhos de Gandhy 4. Matriarca do Curuzu (Paulo Natividade) – Ilê Aiyê 5. Negros sudaneses (Lazinho Boquinha) – Malê Debalê 6. Grito de liberdade (Adailton Poesia e Valter Farias) – Muzenza 7. Olodum firme na estrada (Paulo Jorge) – Olodum 8. Ajeumbó (Aloísio Menezes, Portella Açúcar e Silvino Neto) – Cortejo Afro 9. Uma nega (Neguinho do Samba) – Didá 10. Axé, paz e amor (Fito Evolução) – Filhos de Gandhy 11. Nzinga brasileira (Sandro Teles e Mário Pam) – Ilê Aiyê 12. Que diz meu povo (Miguel Arcanjo) – Malê Debalê 13. Jah Jah Muzenza (George Nascimento Chocolate) – Muzenza 14. Olodum Fulalá (Marquinhos Marques, Bida e Bira Afrosambah) – Olodum 15. Yabás (Valmir Brito) – Cortejo Afro 16. Didá mulher guerreira (Bira Cachoeira) – Didá 17. Dandarerê (Mestre Regy) – Filhos de Gandhy 18. Filhos do Barro Preto (Rita Mota) – Ilê Aiyê 19. Sorri negão (Dico Rasta) – Malê Debalê 20. Negro lindo (Adailton Paixão e Zildo) – Muzenza 21. Dumdum – O pulso toque do Olodum (Valmir Brito, Reginaldo Dias e Rui Poeta) – Olodum Didá, banda feminina formada em 13 de dezembro de 1993, figura na antologia Mundo afro’ Manuela Cavadas / Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/02/19/antologia-mundo-afro-evidencia-a-pluralidade-ritmica-do-som-dos-blocos-afro-e-grupos-de-afoxe-de-salvador.ghtml


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